MÉTODOS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Gabriel Trettin Castro
Prof. Gislaine Cristhiane Berri de Sousa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Psicologia(Psi21) – Prática Orientada
01/10/10
RESUMO
O conhecimento de métodos de pesquisa torna-se cada vez mais necessário para os cidadãos bem informados em nossa sociedade. Conhecer métodos de pesquisa ajuda a ler relatos como de: jornais diários, revistas de interesse geral e outros meios de comunicação com um olhar crítico, para poder avaliar a metodologia empregada nas pesquisas relatadas e decidir se as conclusões são razoáveis e então poder usar tais relatos em benefícios próprio e/ou do trabalho.
Palavras-Chave: Método de Pesquisa. Comportamento.
1 INTRODUÇÃO
Muitas vezes vemos nos meios de comunicação em geral pesquisas como: “Personalidades do Tipo A Têm Maior Probabilidade de Sofrer Ataque Cardíaco” ou “Fumar Está Relacionado com notas baixas”. Também vemos muitas vezes levantamento de dados sobre a opinião das pessoas sobre determinado assunto. Esse conhecimento sobre Métodos de Pesquisa nos ajudará a identificar quais pesquisas são de fatos serias e correspondem a realidade. Dentre aquelas que são sérias ainda há que se avaliar aquelas que lhe são úteis nos seus próprios projetos de pesquisa. Devemos ao longo do estudo aprender como se constrói uma pesquisa cientifica através dos objetivos da ciência que são quatro eles:
Descrever;
Predizer;
Determinar causas;
Explicar o Comportamento.
Vale ressaltar a importância de saber julgar o quanto uma pesquisa é razoável quando um profissional da área da saúde mental vai tomar uma decisão com base em dados “científicos”, que possivelmente ele tem conhecimento no seu cotidiano, como uma decisão a respeito de um tipo de tratamento, receitar algum medicamento ou até mesmo encaminhar a outro profissional.
2 DESCRIÇÃO DO COMPORTAMENTO
O cientista começa fazendo uma observação cuidadosa, porque o primeiro objetivo da ciência é descrever eventos. Os pesquisadores freqüentemente estão interessados em descrever a maneira pela qual os eventos estão sistematicamente relacionados uns aos outros. Cunningham (apud COSBY, 2009) examinou julgamentos de atratividade física ao longo do tempo. Em 1976, estudantes universitários do sexo masculino avaliaram a atratividade de um grande número de mulheres por meio de fotografias. Em 1993, outro grupo de estudantes avaliou as mesmas fotografias. Os julgamentos de atratividade foram praticamente idênticos; os padrões de atratividade mudaram muito pouco ao longo do período de tempo considerado. Em outro estudo, Cunningham comparou as características faciais de estrelas de cinema nas décadas de 1930 e 1940 com as de estrelas de cinema na década de 1990. As medidas tomadas incluíam características como altura e largura dos olhos, comprimento do nariz, proeminência do osso malar e amplitude do sorriso. Nos dois períodos de tempo considerados as características se mostram muito semelhantes, também indicando uma constante dos padrões de atratividade no tempo.
3 PREDIÇÃO DO COMPORTAMENTO
Quando temos dois eventos sistematicamente ligados com alguma regularidade de tempo então podemos prever um novo acontecimento. Utilizando o exemplo anterior, através da pouca alteração do modelo de atratividade das estrelas de cinema tendo em vista que as características faciais também não alteraram significativamente, poderíamos prever que uma nova atriz de cinema que se enquadrasse nas características já aceitas como padrão de atratividade seria julgada tão atrativa quanto as outras. Essa capacidade de predizer acontecimentos pode nos ajudar muito e talvez até não percebamos como ela está inserida em nossa vida, um exemplo que atualmente vemos de bastante valor são os Testes Vocacionais, pois acreditasse que através dos escores obtidos no teste, como por exemplo no teste de Strong-Campbell, possa-se tomar decisões melhores a respeito da escolha da universidade que implica dizer a escolha de uma carreira profissional, (COSBY, 2009).
4 DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS DO COMPORTAMENTO
Determinar a causa de um comportamento pode ser um pouco mais difícil do que simplesmente descrever ou predizer o comportamento, pois “a causa” pode ser “as causas” e reduzir um comportamento apenas a uma causa significa eliminar a subjetividade que conecta todos os acontecimentos que levam a determinado comportamento, pois a subjetividade do sujeito é construída com essa inter-relação de experiências. Não poderíamos dizer que uma manifestação de violência de uma criança se da exclusivamente pelo fato de a criança ter contato com cenas de violência na TV, ou que um adolescente se torna rebelde exclusivamente pelo fato de ter contato com jogos de tiro, morte etc. Reduzir o comportamento apenas a uma causa é desprezar o contexto sócio/cultural no qual está inserido o sujeito. Para se determinar uma causa é necessário investigar dentro de um contexto no qual a pesquisa está atuando, o que poderia contribuir para levar a determinado comportamento, e fazer este levantamento também demanda pesquisas, pesquisas estas que irão justamente dar sustentação e credibilidade ao trabalho feito.
5 EXPLICAÇÃO DO COMPORTAMENTO
O último objetivo do qual iremos falar é explicar os eventos que foram descritos. Isto é, dizer por que o comportamento ocorre dessa maneira. Se utilizarmos a relação feita anteriormente entre a rebeldia na juventude e os jogos, devemos explicar por que essa causa gera esse comportamento, como por exemplo, o jovem se torna rebelde por experimentar uma sensação de independência no jogo e deseja reproduzir isso em sua vida ou por que absorveu outros valores que não foram aqueles que tinha aprendido ao longo de sua educação gerando uma alteração de comportamento?
E para se explicar um comportamento é necessário também mais pesquisas, que podem impulsionar a pesquisa ou fazer o pesquisador mudar de direção e enfim fazer novas pesquisas. Toda essa rede de pesquisas que irá se formar é o que vai fazer o trabalho mais consistente a fim de chegar a um conhecimento mais puro, cada vez mais próximo da verdade.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo explanado o método de se fazer uma pesquisa podemos acrescentar que os objetivos da ciência são um “ciclo vicioso”, à medida que o pesquisador terminar esse processo que parte da descrição até a explicação esse ciclo tornará a se iniciar para averiguar os novos conhecimentos gerados nas pesquisas, afinal, pesquisa leva a mais e mais pesquisas!
REFERÊNCIAS
COSBY, Paul C. Métodos de pesquisa em ciências do comportamento. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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